Amor
Ainda gosto dele?
por Sylvio Netto Indícios para saber se
você ainda gosta do ex e 7 dicas
para superar a separação
O incômodo persiste. Não importa quanto tempo tenha passado, a dúvida assombra quando bate a carência sob os cobertores em um dia frio: será que ainda gosto dele?
O Bolsa de Mulher ouviu psicólogos especializados em traumas e terapeutas de relacionamentos que vão ajudar você a detectar, em sua rotina, condutas que insistem em reafirmar aquele antigo sentimento mal resolvido.
VEJA AQUI 7 DICAS PARA SUPERAR A SEPARAÇÃO
Lembranças e associações ao ex
Parece que tudo conspira para que você se lembre dele, não é? Saiba que não é bem assim. Segundo a terapeuta de relacionamentos Marina Vasconcellos, da PUC-SP, o seu inconsciente é o real responsável por associar tudo com aqueles momentos vividos a dois. "Quando a relação e o final estão bem resolvidos, você não se afeta com as lembranças", diagnostica ela. O psicólogo especializado em relacionamentos e em ansiedade Alexandre Bez complementa: "Algumas pessoas não conseguem se libertar das amarras emocionais do passado. A partir daí, o que aconteceu vira uma fantasia e as pessoas vivem olhando para trás. Assim não dá para tirar o ex da cabeça".
Manter hábitos do relacionamento antigo
Esse é o mais difícil de detectar, segundo Alexandre Bez. O inconsciente age decisivamente para associar o prazer às experiências anteriores, mantendo o vínculo com o passado sem que se perceba. "Sabe aquele seriado que vocês viam juntos? Se, no final do relacionamento, você sente mais obrigação do que vontade em assistir ao programa, isso denota um vínculo afetivo", exemplifica ele.
Forçar encontros
Ainda pior é quando você passa a frequentar os mesmos lugares e ambientes sociais do ex, como clube e academia, mantendo-se no cotidiano do antigo par. Buscar bares e festas nas quais você sabe que ele pode estar também entra na lista. "Inconscientemente, a pessoa está tentando se manter presente e faz uso de uma série de desculpas psicológicas para fingir que são encontros por conveniência", acrescenta Bez.
Se incomodar com qualquer notícia do ex
Não querer saber mais nada sobre a vida do "falecido", como muitas apelidam o ex, é um direito. Contudo, se a qualquer notícia ou aparição dele algumas emoções são despertadas, a confusão ainda está dentro de você. "Quando tudo está bem resolvido, você não sente mais nada. Se ainda tem alguma coisa que pega, que acende aquela ‘luzinha', é sinal de que algo precisa ser bem assimilado. Ter ciúme e se incomodar quando tocam no nome dele são os maiores exemplos", lista a terapeuta.
Não estar disposta a experimentar
Se você acha que a fórmula de relacionamento com o ex deu tão certo que nem quer experimentar outra, o sinal amarelo está ligado. "A pessoa parece não estar aberta a coisas novas, não consegue se empolgar com nada. O gosto muda muito, é dinâmico, mas é muito atrelado ao sentimento", afirma Vasconcellos. E o principal indício aparece entre quatro paredes. "Ela fica inconscientemente pensando que está traindo o outro e isso influencia seu desempenho sexual. Não se solta inteiramente", diz.
Comparar as atitudes
A comparação é inevitável quando você ainda está muito ligada à tal "fórmula bem-sucedida" da relação terminada, pois ela se torna em um referencial de felicidade. "A pessoa acaba comparando as semelhanças e as diferenças, sempre dando mais peso à diferença, como se contasse contra. Ela, no entanto, deveria começar a experimentar novos gostos e atitudes", aconselha Alexandre Bez.
Em casos mais extremos, a busca por um novo parceiro nos moldes do antigo pode levar quase a uma tentativa de clone. "A pessoa busca alguém fisicamente parecida com o ex e passa não apenas a comparar, mas a transferir as características do ex ao atual, já que eles são semelhantes fisicamente", revela.
Lembrar-se só dos bons momentos
A velha máxima de que "só dá valor quando perde" é o combustível para trazer à tona apenas as boas lembranças. "As atitudes positivas do ex são mais contundentes do que os defeitos", explica Bez. Para Vasconcellos, nessas horas é que deve entrar o apoio dos amigos. "Quando a pessoa termina, ela está sempre pensando sobre a relação e relembrando os momentos bons. Daí a importância de pessoas que estejam fora da situação para lembrá-la dos episódios ruins e impedir uma idealização fantasiosa", conclui a terapeuta
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